quinta-feira, 28 de maio de 2009

OBRAS DE MIES VAN DER ROHE



PAVILHÃO DE BARCELONA

O pavilhão de Barcelona é uma composição suprematista-elementista, apesar das associações clássicas de seu traçado regular de oito colunas e do uso liberal dos materiais tradicionais. A regularidade da estrutura e a solidez de sua base em travertino são reflexos da tradição de Schinkelschüler evocada por Mies. Ele é estruturado simplesmente em oito colunas cruciformes que suportam sua cobertura horizontal. Alguns deslocamentos no volume do pavilhão foram criados a partir de leituras ilusórias de superfície, como a obtida pelo uso de biombos de vidro verde, que emergem com os equivalentes especulares dos principais planos confinantes; e esses planos revestidos por mármore verde polido de Tinian, refletem os realces das barras verticais, cromadas e vitrificadas, que sustentam o vidro. O contraste d de ônix polido, e a parede que flanqueia o terraço principal com sua piscina refletora- onde a água distorce a imagem espelhada do edifício-, são os termos de textura e cor encontrados no projeto.

OBRAS DE MIES VAN DER ROHE


SEAGRAM BUILDING

 

Foi um edifício muito copiado, porém nunca se conseguiu nada igual. O Edifício Seagram é geralmente reconhecido como o maior exemplo do Estilo Internacional em arranha-céus. Grande parte do seu sucesso vem das proporções elegantes e a sua relação com o entorno: tem um recuo frontal de noventa pés e um recuo lateral de 30 pés. As fachadas têm personalidade devido à qualidade dos materiais usados – vidro e bronze. É o primeiro arranha-céu que tem a cor bronze.



PLANTAS DO PROJETO





domingo, 17 de maio de 2009

A Casa Farnsworth

A casa Farnsworth de Mies Van Der Rohe é um exemplo do estilo internacional, projetado no fim da década de 40, que utiliza materiais inovadores: o aço, utilizado na estrutura metálica, e vidro, utilizado para o fechamento da edificação.

 

         Notamos uma integração da casa com o seu entorno, que é evidenciado pela elevação, que além de ser funcional, protegendo a casa de prováveis enchentes do rio, garante à mesma uma sensação de leveza e de simplicidade.

Infelizmente, a elevação não foi suficiente para proteger a casa, que foi inundada algumas vezes.

 

            Surgiram posteriormente à construção, muitas discussões sobre a habitabilidade da mesma. No nosso grupo, surgiram opiniões bem divergentes. Enquanto a maioria apenas moraria na casa por alguns dias ou uma temporada de férias, um dos integrantes da equipe alegou que residiria nela quando tivesse uma estabilidade na vida, pois optaria por um estilo mais tranqüilo de vida.

 

            As razões da decisão dos que não morariam foram: o isolamento e a exposição a que a casa está submetida, a dificuldade de integração com a sociedade, o fato de ser tão minimalista que foge um pouco da concepção usual de moradia e o fato de ter dimensões pequenas e cômodos sem divisórias, o que não garante privacidade dentro da mesma. 

segunda-feira, 11 de maio de 2009

IMAGENS DA CASA FARNSWORTH




VISTA AÉREA


CASA ENCOMENDADA POR Edith Farnsworth

CASA FARNSWORTH NO INVERNO


DETALHE INTERNO DA CASA FARNSWORTH


CASA FARNSWORTH






sábado, 9 de maio de 2009

Farnsworth de molho

Apesar de Mies a ter elevado 1.50m do solo, para ocasiões de enchentes na zona (a casa está situada perto de um lago), a casa Farnsworth não escapou às cheias provocadas pelo furacão Ike, por apenas 40cm.O que quer dizer que o rio vizinho subiu 2 metros.. Mies não previu que subisse tanto. Vamos ver o que vai ser feito no futuro para que isto não volte a acontecer.A casa, actualmente em reparações, é um museu e um icone da obra de Mies van der Rohe.

Polêmicas
O custo total da obra foi orçado em 72.000 USD .As despesas adicionais não previstas e conflitos pessoais entre a Dr. Edith Farnsworth e Mies levaram a um processo judicial: Farnsworth alegou que a residência era inabitável. Mies não só concordou com a afirmação como respondeu justificando o projeto como o de uma residência de férias, sendo essencialmente uma experimentação artística. Além disto, Mies conseguiu provar que Farnsworth havia aprovado seus estudos, o que fez com que van der Rohe vencesse no tribunal.
Parte do protesto promovido por Farnsworth contra Mies incluía um apelo nacional para chamar os críticos de arquitetura em seu favor e a denúncia de Mies van der Rohe em publicações de circulação nacional.
Frank Lloyd Wright aproveitou-se da situação para denunciar a casa, o arquiteto, e o International style como um todo, alegando que os "modernistas estavam próximos dos comunistas em sua visão mecânica das necessidades humanas" e eram defensores de um "minimalismo conformista" em todas as coisas.

ANÁLISE FORMAL



O teto e a laje-cobertura são suportados por oito colunas exteriores e os revestimentos laterais são de vidro. Um núcleo central em madeira contém as instalações sanitárias e separa a cozinha, dormitórios e sala de estar. A casa se prolonga até o prado por médio de um terraço, os diferentes níveis sendo comunicados por escadas. Os degraus da escada, o terraço e o piso são feitos com lajota de travertino de 2 X 3 pés. Todos os perfis metálicos expostos são pintados de branco. As áreas envidraçadas possuem cortinas de “shatung” natural.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Casa Farnsworth

 

Em 1946 a física Edith Farnsworth encomenda a Mies van der Rohe uma casa de fim de semana em um terreno que possuía em Plano, Illinois. Pouco tempo depois Mies apresenta-lhe os primeiros esboços daquele que viria a tornar-se um polêmico ícone do modernismo, um paradigma do estilo internacional na América. Os planos da casa que Mies apresentou a Edith Farnsworth revelavam o resultado prático do lema do arquiteto: "Less is More".

A casa foi desenhada segundo um conceito que começara a ser desenvolvido num projeto que nunca seria construído, chamado Resor House. A casa Farnsworth foi o culminar deste tipo de experiência no desenho de casas.

A estrutura da casa consiste duas placas de betão suportadas por oito vigas de aço. O chão está suspenso destas vigas, como se a casa flutuasse sobre o solo. A fachada é composta simplesmente por placas de vidro, do chão ao teto e não existe nenhum tipo de divisória interna a não ser numa estrutura que suporta as áreas molhadas (cozinha, lavanderia e banheiro).

 

A casa é aquecida por bobinas colocadas sob piso; a ventilação transversal natural e a máscara de árvores próximas fornecem a refrigeração.
Além da imensa paixão que transpira da jóia de vidro e aço que é esta casa, há uma história de amor e ódio entrelaçada com a sua criação.
A doutora Farnsworth aprovou o projeto que parecia ser simples de ser construído. Apesar disso, a casa levou quatro anos para ficar pronta. Durante esse período, eram freqüentes os encontros entre arquiteto e proprietária, muitas vezes na obra (reza a 
lenda que tiveram um caso.

Quando a casa ficou pronta, Mies deu a Edith a conta do projeto: 73 mil dólares, o equivalente a mais ou menos 500 mil dólares atualmente.
Talvez por despeito (o relacionamento deles havia acabado há pouco) Edith Farnsworth processou o arquiteto pelo elevado preço, mas o fato de ter aprovado o projeto e acompanhado a construção pesou contra si e perdeu o processo. Mais tarde escreveu vários artigos contra a casa e contra Mies. Dizia que não era possível viver na casa, que as contas de aquecimento eram muito altas etc. Irritada com o arquitecto  disse a quem a quis ouvir, que: "Less is not more. It is simply less!"

Em 2003, a Landmarks Preservation of Illinois e o National Trust compraram a casa por 6.7 milhões de dólares americanos.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

"Deus está nos pormenores" - Ludwig Mies van der Rohe


É com grande prazer que nós (Guto A, Camila F, Bárbara N e Lucas R) estudantes de arquitetura da Universidade de Fortaleza, inauguramos este blog que se volta exclusivamente as grandes obras de Ludwig Mies van der Rohearquiteto alemão, que é considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX.

Mies van der Rohe foi professor da Bauhaus e um dos formadores do que ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more(em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitetónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismoLess is more.